Arte do aMar (I)

Quem viaja continuamente sobre as águas movediças do mar da vida precisa ter arte, não só para se defender das tempestades e dos ventos, mas também para gozar da maravilha gerada pelo azul das águas profundas, quando se confunde com o azul do céu, sem deixar limites nem horizonte à vista.
Vemveromar convida-te para aprender a arte de amar, a arte de viver neste mar à descoberta dos alicerces que dão sentido e gosto à vida. Em jeito de gotas de espuma branca que salpicam a rocha enegrecida pela intempérie e o sal a mais, de vez em quando podes encontrar aqui frases soltas que sussurram segredos aos marinheiros. Quando te vires atacad@ pela curiosidade, não a faças sofrer, dá-lhe o gosto de ler a «Arte do aMar».
As pessoas precisam de amor, como as plantas da luz e os peixes da água. Sentem a necessidade irrenunciável de ser amadas, mas pensam menos em amar. Para satisfazer essa necessidade básica, muita gente esforça-se por ser amável, acreditando que, com isso, pode «fazer amigos e influenciar outros em seu favor». Será isto amor, ou arte de amar? Na cultura actual, o amor parece ter-se tornado uma conquista comercial, e as pessoas serem um meio para alcançar o amor. Se assim for, francamente estamos todos vesgos.
O amor é espontâneo, ou aprende-se? É um sentimento, ou uma decisão? É algo que acontece por sorte, ou um luxo só para alguns? É uma teoria, ou tem um rosto concreto?

A Arte do aMar vai dar dicas sobre tudo isto.

Magia de Natal

É linda a magia daquele Natal,
que traz para o mundo beleza imortal.
É terna a imagem de Jesus menino,
que gera no peito um amor genuíno.
É doce o encanto da família santa,
que oferece sorrisos onde a dor é tanta.
É pura a canção dos anjos no céu,
que cantam a glória de um Deus que desceu.
É simples a oferta de incultos pastores,
que entregam a Deus a alma em louvores.
É singela a prece de homens de nobreza
que adoram o Deus na maior pobreza.
É céu estrelado de paz e harmonia,
que faz do Natal, para nós, o DIA.

É só de AMOR para ti: família, amigos, gente de bem,
esta mensagem que te envio de Belém.

Natal

Santo Natal a todos!



(encontramo-nos na próxima onda)

Natal Hospitaleiro

Há quem julgue que o Natal morreu, como se isso não fosse uma contradição. Natal tem a ver com nascimento. Nesta época do ano, celebrava-se nas civilizações orientais antigas a festa do sol. Os cristãos, há cerca de dois mil anos, colocaram aqui a Festa do Natal de Jesus Cristo, vendo nele o SOL que ilumina o mundo inteiro. Portanto, quando dizemos «Feliz Natal!», estamos a manifestar desejos de que esta recordação nos estimule a «nascer de novo», nos convoque para a luz, a vida, a paz e a alegria que se geram quando sabemos que somos uma família, todos irmãos em Jesus Cristo. Isto é o NATAL. Os gestos de solidariedade que nascem à volta deste Dia são prova do espírito evangélico que ainda persiste no coração humano: ao experimentar a hospitalidade que Deus oferece ao seu Povo, pessoas e grupos, crianças, jovens e adultos, promovem hospitalidade em favor das pessoas mais desfavorecidas.

Há jovens que buscam a valer o sentido do que está a acontecer, por isso vêm ver:
Descobrem que onde há doença e dor, muita gente espera o seu amor, com a ânsia de receber calor.
Ao darem, nem que seja um sorriso, pintam de azul a porta do paraíso, recolhem cravos, rosas e narcisos.
E aqueles que sofrem o seu mal, esquecem a solidão invernal e acreditam outra vez no Natal.
Natal Hospitaleiro! Com grupos de jovens a fazer hospitalidade nas Casas de Saúde Hospitaleiras. Ouve o pregão: «JHá mexe!» - Juventude Hospitaleira Já Mexe. Tu, põe-te a mexer, que alguém está à tua espera!

Em cima da prancha

Sentada nas dunas de areia, abandono a alma à contemplação do mar, que vai e vem incansavelmente, como se a sua missão fosse mesmo essa: ir e vir, beijar a areia e sacudir os golfinhos, abraçar as rochas e alimentar a multidão que acolhe no ventre. Absorta no azul matizado de espuma prateada, com a miragem perdida no horizonte inalcançável, não me apercebi do bulício da praia. Quando baixei o olhar, vi uma dúzia de jovens em cima da prancha: correndo, voando, dando reviravoltas inesperadas, perdendo o controle das ondas, e alguns dominando com vigor os movimentos do surf, do qual são alunos dedicados. E fiquei ali a pensar nos jovens, a inventar sonhos, a rever rostos, a contar histórias, a desdobrar experiências, a recordar segredos… do mundo dos jovens, dos jovens do nosso mundo! E ouvi que as pranchas diziam às ondas acerca deles: estes querem paz, justiça, verdade; precisam de afecto, amigos, família; esperam aprender, realizar, colaborar; buscam sentido, valor, futuro; desejam acolher, respeitar, servir; anseiam pela luz, a bússola, o farol; precisam do mar, da terra, de Deus! E as ondas responderam: Estes podem desenhar na história caminhos de solidariedade e paz, de hospitalidade e amor; podem deixar pegadas de justiça e verdade, de humanização e fé. Se eles quiserem! Parabéns aos jovens surfistas que cavalgam agora na 3ª onda.

Mar sem ondas

É giro ver as ondas a bater, teimosas, nas rochas cansadas mas firmes e inabaláveis na sua missão de guardiães do mar! Que sensação de calma, silêncio, bondade, coração! Que dirão as espumas brancas ao negro das pedras que, por mais banhos que levem, nunca ficam brancas? Que dirão as rochas à água salgada que, por mais beijos que receba, nunca se torna doce? É lindo o mar a rebentar na praia, mas é ainda mais belo, grande e misterioso o mar alto, um mar sem ondas, onde o horizonte é mar e céu ao mesmo tempo.
Duas horas de avião sobre o atlântico, ora montada num manto de seda azul molhada, ora cavalgando nuvens brancas de algodão em rama, são uma miragem que não se termina de apreciar. Quase sem querer, dilatam-se os horizontes da alma deixando entrar nela a multidão dos que gemem sozinhos; acendem-se todos os faróis e alegram-se os que navegavam às escuras; abrem-se as asas em acrobacia veloz até paragens novas onde os que buscam sentem um ombro amigo na procura…
Enquanto viajo entre mar e céu, aposto na esperança de um mundo novo que é possível para a humanidade; pinto um arco íris de paz que abraça os povos de todas as cores, culturas e credos; escrevo um poema que balbucio ao Sol e declamo gratuitamente a quem entender de AMOR.

Viva a vida!

Querida Gota de Água:

Juntamente com cada um dos leitores deste blog, te desejo as maiores Felicidades.

Louvamos a Deus por tanta vida, partilhada, entregue, colocada ao dispôr de cada irmão, para quem sempre tens tempo de atender.

Pedimos-Lhe que te conserve sempre feliz e fiel na tua vida de Consagração no MAR da Hospitalidade.


(encontramo-nos na próxima onda)


Maremoto

Vocês haviam de ver! Nesta Casa da Idanha há uma grande revolução! Há muito que este oceano de bem-fazer esperava uma casa nova. É que esta tem mais de cem anos! Bendito seja o dono do céu e do mar, das nuvens e das águas, do azul e do verde transparente das ondas! E que bonita! Quantos esforços e sacrifícios para chegar até aqui!
Estes dias, porém, parece ter acontecido nesta «cidade da saúde» um maremoto. As mudanças são uma bênção e um sofrimento. Os barcos andam constantemente em travessia. Os barqueiros não têm mãos a medir. Os passantes cantam, riem, estão felizes… e alguns, oh Deus! deixam-se apanhar pela ansiedade do novo e diferente. Mas a festa do mar é para valer. Os habitantes deste mar, aqueles a quem a praia e a cidade desconhecem ou até recusam, vão poder agora ter um espaço mais digno, um serviço mais personalizado, uma atenção humana e técnica facilitada. Feliz maremoto! Bem aventurada tempestade! Parabéns a quem acredita no Amor que faz nascer as grandes obras.

cantando

O Lume - Mafalda veiga

Vai caminhando desamarrad@
Dos nós e laços que o mundo faz
Vai abraçando desenlead@
De outros abraços que a vida dá
Vai-te encontrando na água e no lume
Na terra quente até perder
O medo, o medo levanta muros
E ergue bandeiras pra nos deter

Não percas tempo,

O tempo corre

Só quando dói é devagar

E dá-te ao vento

Como um veleiro

Solto no mais alto mar


Liberta o grito que trazes dentro
E a coragem e o amor
Mesmo que seja só um momento
Mesmo que traga alguma dor
Só isso faz brilhar o lume
Que hás-de levar até ao fim
E esse lume já ninguém pode
Nunca apagar dentro de ti

Não percas tempo
O tempo corre
Só quando dói é devagar
E dá-te ao vento
Como um veleiro
Solto no mais alto mar


Mafalda Veiga

Campeonato de surf

Começaram os treinos para o Campeonato que terminará no próximo verão. Na última semana de Julho de 2009 vai ser a grande final, mas até lá, dia a dia, mês a mês, é preciso ir treinando o equilíbrio sobre «as ondas», esteja sol ou chova a cântaros. Há gente que pensa conquistar medalhas sem esforço nenhum, outros já perceberam que o esforço é o segredo, é ele que fortalece a alma e dá sabor aos frutos que mais tarde se hão-de colher. Agora cavalgamos a «primeira onda» – as dúvidas de Abraão – e, como quem não quer a coisa, encontramo-nos com as nossas dúvidas. Os jovens que se meteram nesta aventura que digam – ou ainda será cedo demais par dizer! – como o campeonato se adivinha bonito. Se quiseres saber mais sobre o «campeonato de surf» diz.

criativo




Andava esta canoa a navegar (sem GPS) e acabei por encontrar uma escola de animação 3D e efeitos visuais, que fez esta obra de arte que me sensibilizou, por isso a quis partilhar.

Os criativos intitulam o vídeo de "Benevolência", e tu, que nome lhe darias?

(encontramo-nos na próxima onda)

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Sonhos de «marfundo»

Há sonhos que dão que pensar! Deixa que te conte um que me assaltou como um furacão, em plena luz do meio-dia. Era um campo azul claro, grande, tão grande que nem os olhos o terminavam de ver. Não havia fronteiras, nem terra à vista. Sobre o azul havia umas pintas douradas, não sei se eram estrelas (do céu? do mar?) ou se eram simplesmente búzios, daqueles que quando a gente os encosta ao ouvido e fica em silêncio, repetem em eco murmúrios profundos de amores eternos… Fiquei pasmada! Que infinito! Que visão! De repente, esses pontos dourados começaram a cintilar, ganharam movimento e transformaram-se numa multidão de jovens, correndo por todos os lados, repartindo alegria, entoando canções, dançando coreografias em que cada um levantava no ar a sua bilha de barro à procura da nascente daquele mar tão profundo! Foi uma festa que ameaçava não ter fim. Ainda agora pergunto: quem são aqueles jovens e que buscam tão ansiosamente? Continuarão à procura da Nascente, ou já terão as bilhas rotas de tanto baloiçar? E tomei uma decisão: não basta o «campeonato de surf» em que «as 9 ondas» serão cavalgadas com entusiasmo, é preciso fazer também uma «viagem cruzeiro». Está quase tudo imaginado: «Cartas de Navegação» (para o auto-conhecimento), «Remar» (pelos caminhos da Bíblia), «Ecos do Mar» (Mensagens & Notícias do oceano), etc.
Haverá lugar para os jovens que quiserem encher a bilha de água pura e fresca, para os que não se contentarem com águas salobras e estagnadas. Escreve para maralto07@gmail.com

O amor é...

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S. Paulo fala-nos do Amor desta forma extraordinária.
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Partilho este pequeno video, porque me parece que pode inspirar-nos neste início de actividades cujos âmbitos são tão diversificados, que ao desenvolvê-las ao longo do ano, precisaremos ir recordando estas palavrinhas inspiradas, de S. Paulo, ao escrever aos Coríntios.
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(encontramo-nos na próxima onda)

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Hora de zarpar

É claro! Isso de continuar na vida ancorados a certezas murchas, a seguranças que morreram antes de nascer, não tem futuro nenhum. Para muitos acabou o tempo de férias e já se ouve tocar a campainha das salas de aulas, ou chegou o momento de “marcar o ponto” para a entrada no trabalho. É também a hora de perguntar ao Farol como se chega a Alto Mar. A escola de discernimento vocacional Maralto – já soltou amarras: neste mês de Setembro apresenta uma proposta de «campeonato de surf» com sabor a maresia – 9 ONDAS – para os jovens que queiram reflectir, pensar, sonhar, formar, discernir, partilhar… sobre a própria vida e os ideais. É um itinerário de 9 meses que terminam em Julho 2009 com a «Festa do Encontro». Se quiseres mais informações escreve a maralto07@gmail.com. Não chegues atrasado para esta viagem. O capitão ao leme é «Aquele a quem os ventos e os mares obedecem».

Sobre as águas

Contemplo o Mar
que se alvorota em mim
Contemplo a Luz
que traz uma paz sem fim
Contemplo a Noite
que é fria e agressiva
Contemplo a Aurora
que me faz agradecida

Contemplo a Palavra
que é silêncio do Senhor
Contemplo a Vida
que entrego por amor!




O mergulho da fé

Paulo era um sábio das Escrituras e um fiel defensor da fé do Antigo Testamento, mas no caminho de Damasco, quando a voz de Cristo Ressuscitado lhe falou, percebeu que os seus olhos estavam cobertos de escamas, estavam cegos para a verdadeira vocação a que Deus o chamava. Ele conhecia a história de Jesus, sabia o que Ele tinha dito e feito, conhecia os seus discípulos e gente que tinha acolhido a sua mensagem, mas vivia montado no seu saber, fiado das suas próprias forças, convencido da sua sabedoria humana, impenetrável à luz da verdade.
Depois de ter ouvido a voz de Jesus, foi para Damasco, onde foi acolhido e baptizado por Ananias; recuperou as forças e discerniu a sua vocação. Foi ali que ele deu o mergulho da fé: acreditou, aderiu no fundo do coração a Cristo, virou a sua vida do avesso começando a anunciar a sua pessoa e a sua doutrina por todo o lado. Proclamava com toda a energia que «Jesus é o Senhor», e propunha com tanto entusiasmo o que antes combatia, que era difícil acreditar nele, e começaram logo a persegui-lo. Mas não houve forma de o calar. «Ai de mim, se não anunciar Jesus Cristo!», dizia.
O caminho de Damasco é para os cristãos o símbolo do encontro com Deus, com Jesus ressuscitado. O encontro leva à descoberta da vocação e da missão; esta descoberta provoca à conversão (mudar de direcção); a conversão é o mergulho da fé que permite dizer: «pela graça de Deus, sou o que sou, e a graça que me foi dada, não foi estéril» (1Cor 15,10).

O jovem mergulhador


Pier Giorgio Frassati, (Pedro Jorge) foi proposto aos jovens na Jornada Mundial da Juventude que estamos a celebrar, como um modelo a imitar. Nasceu em 1901 em Itália, e morreu em 4 de Julho de 1925, com 24 anos. Foi um grande desportista, que viveu na caridade e na generosidade. O seu corpo está incorrupto; foi beatificado por João Paulo II em 1990, considerando que caminhou velozmente, com alegria e coragem, no serviço aos outros e na santidade. Morreu ao ter contraído poliomielite por contágio de um doente a quem assistia.
Um jovem moderno, de olhos penetrantes, atraente, simpático, com um sorriso contagioso. Conduzido por uma energia alegre, cheio de Deus e de compaixão pelas pessoas mais pobres e necessitadas; escalava montanhas, trotava a cavalo, brincava nas piscinas… sempre testemunhando os valores da fé, fazendo como Jesus e indicando os seus caminhos. É um estímulo para os jovens que buscam uma felicidade com raízes profundas e eternas.
Filho de família rica de Turim, com pai agnóstico e mãe católica, Pier Giorgio sofria com as relações difíceis entre os seus pais, mas encontrava dentro de si o dom do Espírito Santo que o fazia avançar.
O dinheiro recebido em prémio pela licenciatura deu-o aos pobres. Quando os amigos lhe perguntavam por que viajava em 3ª classe no comboio, respondia com um sorriso: «porque não há 4ª classe».
Durante a sua breve vida, mergulhou tão profundamente no coração de Deus, que exercia sobre quem se cruzava com ele uma atracção irresistível. No seu funeral participaram as pessoas mais importantes de Turim, mas quando saíram da igreja, viram as ruas cheias não de pessoas da elite, mas dos pobres e dos necessitados a quem ele tinha servido. Os pobres ficaram surpreendidos ao ver que era de uma família rica.
Hoje, este mergulhador do «alto mar» da santidade fala aos jovens do nosso tempo, da beleza de ser todo de Deus e todo para os outros.
Imaginas como se pode ser assim?

Na crista da Onda

S. Paulo descobriu a sua vocação e missão a ser apóstolo de Jesus Cristo, construtor e animador de comunidades cristãs, a caminho de Damasco. Nas muitas cartas que escreveu, e que hoje lemos como Palavra de Deus, não se refere directamente a tão importante acontecimento, certamente porque este tinha sido suficientemente divulgado por S. Lucas, seu discípulo fiel, no livro dos Actos dos Apóstolos.
Este grande doutor da Lei e teólogo do seu tempo, ao ser enviado a evangelizar os «pagãos», os não israelitas, viu-se envolvido por ambientes culturais, filosóficos e religiosos diferentes. No meio de leis, exigências, mandamentos, expressões de fé diferentes, Paulo entendeu perfeitamente o essencial da opção cristã: ia a caminho de Damasco, com poderes para perseguir e mandar matar os cristãos quando, subitamente uma luz o envolveu e o prostrou por terra, a ele que, como bom surfista, sempre tinha corrido na crista da onda. Uma voz o interrogou: «Saulo, porque me persegues?» Ele perguntou: «Quem és tu, Senhor?» A voz respondeu: «Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Ergue-te, entra na cidade e dir-te-ão o que deves fazer» (Act 9,4-6). Os seus companheiros de viagem também ouviram a voz, mas não entenderam a mensagem do Ressuscitado. Paulo mudou de onda. Fez o «caminho de Damasco».
Eu e tu também podemos fazer o mesmo caminho. E juntos podemos perceber melhor por onde caminhar. Se queres fazer a experiência de caminhos juntos avisa para maralto07@gmail.com

Uma torrente de emoções

Os jovens que o digam! São aos grupos nas Casas Hospitaleiras a encontrarem-se com uma realidade nova e diferente, a das pessoas com deficiência ou com doença mental. Os Campos de Férias, os Fins de Semana Hospitaleiros, os Dias Hospitaleiros e outras visitas às Casas de Saúde têm sido uma oportunidade que os jovens aproveitam e que produzem uma torrente de emoções que nunca mais se esquecem.
Olhem só para as expressões de alegria e gratificação de um grupo que esteve estes dias na Clínica Psiquiátrica de S. José. A descoberta da diferença, a experiência de acolher com simpatia e respeito as pessoas doentes, os pequenos gestos de serviço, a amizade que se cria no grupo, os momentos de formação e reflexão… por tudo isto e mais, vale a pena!
Tu que me lês, se conheceres algum jovem interessado, convida-o a inscrever-se em algum dos Campos de Férias seguintes:

Julho: 15-23 - Madeira; 17-25 - Barcelos.
Agosto: 4-12 - Idanha; 4 - 14 - Condeixa; 6-13 - Madeira; 15-23 - Braga.
Hospitalidad Põe t’andar (Pelas Casas Hospitaleiras) 25-31 de Agosto.
Inscreve-te para: sede@juventudehospitaleira.org

Um farol luminoso


Ao inaugurar o «ano Paulino» convém perguntar: quem foi este homem que devia ser de baixa estatura física, sem grandes qualidades oratórias, que esteve várias vezes na prisão e em perigo de morte, foi cinco vezes chicoteado com as 39 chicotadas, 3 vezes foi açoitado, 1 vez apedrejado, sofreu 3 naufrágios, padeceu fome e sede, frio e nudez, foi caluniado, perseguido e, por último, morto à espada? Paulo vem de uma cultura minoritária, a judaica, cujas crenças e estilo de vida eram ridicularizados e combatidos por uns e recolhiam simpatia de outros. Este apóstolo e pregador itinerante tinha familiaridade com a cultura greco-romana, falava aramaico e grego. Alguém o definiu como «homem de três culturas», pela sua origem judaica, língua grega e identidade de cidadão romano. Mas o mais importante é que foi uma testemunha irradiante de Jesus Cristo. Após a descoberta da sua vocação no caminho de Damasco, Paulo transformou-se num farol luminoso para a Igreja cristã. Ao longo deste ano, os cristãos somos desafiados a caminhar com S. Paulo para aprender dele quem é Cristo e qual o caminho que nos conduz a Ele.
Se quiseres, no lugar dos comentários, faz alguma pergunta sobre S. Paulo e a sua mensagem.

sem ver o mar?

Sou um cego - Paulo de Tarso





Gostei muito desta letra e desta música, agradeço a quem a quis lançar a maralto, para disposição de todos os navegantes.

A ti que vens ver o mar, convido-te a enviar um comentário a este post, e a partilhar connosco qual é a frase de que mais gostas, neste pequeno vídeo.
Aceitas o desafio Paulino?

Para mim, é a pergunta de Paulo: "sozinho, onde irei?"
Não percas tempo, envia o teu comentário!

(encontramo-nos na próxima onda)

Maremoto


A propósito do XPTO dissemos em Maralto que amanhã, 29 de Junho, começa o «Ano Paulino». Paulo (em grego) ou Saúl (em hebraico) foi tão importante na vida da Igreja nascente que para falar dele nem era preciso dizer o seu nome, bastava dizer «o apóstolo». Juntou à sua «dupla nacionalidade» a «dupla identidade». Nascido judeu nos primeiros anos da era cristã em Tarso, tornou-se um homem culto no grego, na retórica, no conhecimento da Lei e no trabalho com as próprias mãos. Fez-se cidadão romano, nacionalidade que lhe permitiu na última etapa da sua vida apelar para ser julgado em tribunal por César, por causa da sua acção evangelizadora.
Para conhecer S. Paulo é preciso contemplar o grande «maremoto» que aconteceu na sua vida e que o fez passar de perseguidor dos cristãos ao maior arauto da Palavra e da Pessoa de Jesus Cristo.
No livro da Bíblia, Actos dos Apóstolos, capítulo 22, versículos 3 a 21, Paulo narra o acontecimento da descoberta da sua vocação e missão, conta o que lhe aconteceu e como foi transformado em apóstolo do Evangelho. Uma coisa é certa: a consciência de ser amado por Deus e de ser chamado para o serviço do Evangelho gerou nela uma energia vital que o fez dizer: «Ai de mim, se não evangelizar!» Não deixes de ler esta semana, o referido texto dos Actos os Apóstolos.

Travessia do mar


21 de Junho de 1880.
Pouco depois da meia noite, duas sombras apressadas carregadas de esperanças e incertezas, ideais e medos, pisam silenciosas as ruas de Granada, para não serem reconhecidas por ninguém. São elas Maria Josefa Récio e Angústias Giménez.
Fugitivas da oposição das suas famílias, tomam o comboio para Ciempozuelos (Madrid). À medida que o trem caminha trauteando a música do forno de carvão, tudo fica para trás: infância, juventude… família, afectos, recordações… tudo. Para a frente, o misterioso eco do «vem e segue-me» de Jesus Cristo envolvido no horizonte surpreendente da confiança e do abandono.
As jovens granadinas agarram com força os remos da fidelidade e transformam as gotas de água prateada que brilham nos seus olhos em piropos de amor para o Mestre dos mares, Jesus de Nazaré. Marés ou tempestades, bonança ou maremotos, nunca as fizeram olhar para trás.
Na estação de chegada, espera-as Bento Menni. Juntos darão vida a um projecto de Hospitalidade que ainda hoje, em 21 de Junho de 2008, continua fresco e vigoroso a cuidar, curar e sanar especialmente as pessoas com doença mental.
Elas são as Fundadoras, com S. Bento Menni, da congregação das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus.

Um mar de jovens

24 XPTO – é o título do programa que pretende reunir um mar de jovens da diocese de Lisboa, no fim de semana de 28 e 29 de Junho. 24 horas com Cristo a preparar o coração para iniciar o «Ano Paulino» e participar na ordenação sacerdotal de alguns jovens da nossa diocese. A vigília começa no dia 28 na Sé, com o Sr. Cardeal Patriarca, e termina no dia 29 com a celebração das ordenações, às 16.00h nos Jerónimos. Na manhã do dia 29, o programa faz-se «Pelas ruas de Lisboa – viagens missionárias». É a imaginação do percurso de vida do Apóstolo Paulo. Entre essas viagens, existe a «viagem do cativeiro».
Estás mesmo a adivinhar, não? Trata-se de ir a pessoas e lugares onde o sofrimento, a dor, a marginalização continua hoje a constranger a pessoa. O encontro será surpreendente e enriquecedor. Quem se aponta?

Podes ver www.24xpto.net

Os navegantes

Este mar quer molhar até aos ossos os jovens insatisfeitos e aventureiros, os que sabem nada® e querem descobrir novos rumos, os que sonham cruzar continentes para contemplar o nascer e o pôr do sol em horizontes nunca imaginados. Dirige-se também às Famílias que vão remando no mar da vida, ora calmo e sereno como o ‘oceano pacífico’, ora inseguro e agitado como o ‘mar das tormentas’, e sempre com remos débeis e braços esforçados. Para todos: Coragem! O porto fica longe, mas está à vista, e temos uma bússola para acertar no caminho!

navegar

Vem ver o mar




O ano passado convidaram-me para colaborar na revista HOSPITALIDADE numa secção com o título «parablogar». Escrever «a quatro mãos» foi uma experiência interessante, tanto mais que as mãos do irmão Augusto estavam algures no Brasil, e as minhas vagueavam por muitos sítios, entre Portugal e arredores. De vez em quando lá nos encontrávamos virtualmente numa mesa de café a conversar sobre «coisas e loisas», segundo o tema da revista impunha. Até foi giro experimentar como se amassa a amizade com a saudade, e ver o pão cozido com o fermento de ambas, em forma de alimento sem mesmo saber para quem.
Recordando o nosso «parablogar», aqui está o blog maralto que, como o seu nome de baptismo indica, promete falar muito de água e de barcos, de velas e de remos, de bússola e de leme, de cruzeiros e de pesca, e de muitas coisas desse mesmo dicionário
De certeza que também haverá conversas sobre água de poços, de rios e de fontes; água fresca, água quente, água viva e água aos trambolhões. Cascatas, nascentes, afluentes e todos os seus parentes serão assunto deste espaço azul.
Não percas o contacto. Entra nesta família que decidiu remar sem descanso através dos mares «nunca antes navegados», à procura da água melhor!